Qual o Significado do Batismo?
- Júnior Figueiredo
- 23 de fev. de 2017
- 2 min de leitura

É indiscutível que o batismo pregado por João Batista era de arrependimento. “Arrependei-vos... e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.” (Mt 3:2-6) Nunca se ouviu falar entre os primeiros cristão o batismo de crianças, mas sim o contrário. Dessa maneira, o pecado praticado pelo cristão batizado era considerado extremamente grave, fazendo assim muitos seguirem o exemplo de Constantino: adiando seu batismo para o leito de morte - o chamado “batismo clínico”.
Entendemos, portanto, que o batismo é considerado o marco zero na vida daquele que, fazendo atributo do livre arbítrio, resolve percorrer o caminho do Cristo.
É o renascimento simbolizado pela pureza da água. O homem abandona seu antigo “eu” em face do “novo eu”, para que “ não seja feita minha vontade e sim a tua”. É uma mudança radical de atitude, pensamento e vida. É o A.C. e o D.C. na vida de cada um que decide cravar essa cruz no peito - "reiniciando-se"!
“Aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.” (Mt 16:25) O batismo é o momento em que o homem perde a sua vida para encontrá-la.
Paulo diria que é o revestimento de Cristo: “...pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram” (GL 3.27), ou ainda “fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que... também nós vivamos uma vida nova.” Já Jesus, talvez repetiria hoje o que disse a Nicodemos sobre o “nascer de novo pela água e pelo espírito” em João 3.5.
Entendamos, então, o batismo como uma aliança intima entre nós e Deus. Um holocausto do ego, que dá espaço ao “Use-me Senhor! O que tu queres que eu faça? Sempre que dirigi minha vida fui negligente, imprudente - não estou apto a essa responsabilidade. Tome de volta o que é teu. Minha vida não é mais minha e sim tua.” Neguemos o nosso livre arbítrio, esvaziemo-nos de nós mesmo e assim haverá espaço pra Deus. E que “seja feita a vossa vontade” e não mais a nossa.
É nesse sentido, irmãozinhos, que compreendemos o verdadeiro batismo, que pode ser feito por qualquer pessoa e em qualquer ocasião, até mesmo com uma gota de água que caia do céu. Não precisamos de mãos humanas para nos batizar, pois o batismo vem das mãos de Deus. Para os homens, o que vale é o rito, os dogmas, a tradição ou o que está escrito. Para Deus o que vale é a verdade íntima, a aceitação, a profundidade da entrega o coração e a alma!
As mãos humanas de João batizavam com água, mas o que veio e está vivo entre nós, nos batiza com o próprio Espírito Santo de Deus! Ele é verdade e espírito, pois assim como á água, Ele também veio dos céus! Aceitemos!
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