Relacionamentos, Brigas e Ciúmes

Há pouco tempo, se ouvisse de um casal que eles nunca brigaram, acharia que aquilo não seria normal. No mínimo, estariam mentindo ou tentando fazer inveja; ou talvez eles teriam algum problema. No entanto, é fato: em cinco anos de casados, eu e minha esposa nunca brigamos.

É claro que já houve desentendimentos; poucos - nada que durasse mais de 60 minutos. No entanto, nem sempre foi assim! No passado, meus relacionamentos eram marcados por brigas que às vezes duravam semanas.

O que, como e quando mudou? Bem, acho que um dos aspectos fundamentais para um bom relacionamento está em encontrar alguém que combine com você. E quando digo isso, não me refiro a gostar das mesmas coisas, ouvir o mesmo som. Falo de alguém que tem os valores que você identifica como positivos, mesmo que nem sempre esses valores estejam presentes na sua própria personalidade.

Este, apesar de importante, ainda não é o ponto crucial. Não é só o fato de encontrar "um pé sujo que sirva no seu sapato velho". Existe um fator determinante que representa quase que cem por cento das brigas: o ciúme. Foi no momento em que eu e minha mulher deixamos esse mal que nossa vida mudou!

Há quem acredite que ciúme é sinônimo de amor. Existem ainda aqueles que provocam ciúmes para se sentirem amados. Caríssimos, isso é pura tolice! Ciúme não é amor, mas sim sinônimo de posse. É a despersonificação do seu companheiro, que se torna uma coisa. A sua coisa! Ele ou ela passam a ser Aquilo. Eis aí a causa de uma vida amorosa miserável. Sofre o ciumento, sofre aquele que se tornou objeto de controle.

Havemos de convir que o ciúme acontece, em grande parte, sem uma razão concreta. Muitas das vezes, ele surge de um pensamento viciado. Assim, aquilo que “poderia ser”, ganha status de coisa certa. A desconfiança cresce; dá lugar à certeza, e a briga se instaura. Mas o que fazer para deixar de ter ciúme ou ainda estancar o ciúme alheio?

Para ser honesto, a subjetividade humana é complexa demais para uma resposta exata. De fato, não sei como responder esta pergunta, mas posso aqui compartilhar uma experiência pessoal.

O grande segredo de minha esposa e eu vivermos uma vida de paz é o fator confiança. Parando para pensar sobre os meus antigos relacionamentos, percebi que antes supervalorizava - no sexo oposto - adeptos que hoje considero supérfluos. Apegava-me exageradamente a atributos físicos e qualidades de uma noite. Começava um relacionamento a duzentos por hora. E não cumpria a maratona! De fato, demorei a reconhecer que tipo de pessoa combinava comigo. Entretanto, de tanto quebrar a cara, procurei ser mais criterioso e busquei uma companheira não só por seus predicados físicos, mas também por todos as virtudes que, na minha concepção, uma pessoa deve ter.

Por esse ângulo, confio na minha mulher porque sei dos seus valores, criação, histórico e espiritualidade. Por outro lado, ela confia em mim, porque da mesma maneira, sabe do meu compromisso espiritual e da minha mudança pela raiz. Se antes, morria de medo de ser traído, hoje, o meu maior medo é de algum dia sucumbir à tentação e quebrar meu voto. Em miúdos, não sou fiel por se tratar dela em si, mas porque isso diz respeito aos valores que hoje cultivo. E com ela sei que é igual.

Por isso, amigos, só me resta um conselho àqueles que querem realmente ter um relacionamento sadio: pautem sua união na confiança, no amor e principalmente em Deus. Pode parecer clichê, mas é verdade. Independentemente de religião, se você é solteiro, procure alguém com Ele; se você já é casado busque-o, juntamente com seu companheiro ou companheira. Não há união verdadeira e estável, se não estiver na presença de Cristo: o ciúme desaparece, a vaidade se esfalece e as incertezas se apagam. Cultive valores concretos, passe confiança e busque alguém em quem confiar. Entregue nas mãos do Senhor e Ele fará dar certo!

#RelacionamentosBrigaseCiúmes #namorocomplicado #comosalvarumamordesgastado #comoencontrarapessoacerta #feliznorelacionamento #desentendimentosnocasamento