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A Miteologia da Prosperidadee

  • Foto do escritor: Júnior Figueiredo
    Júnior Figueiredo
  • 21 de fev. de 2017
  • 2 min de leitura

Muito se engana quem acredita que a tal Teologia da prosperidade é coisa nova. A garantia de privilégios, posses e riquezas a iniciados cristãos é anciã. Entretanto, o que tradicionalmente era direcionado a um seleto grupo de Bispos e Cardeais, hoje, foi “democratizado.” O cristianismo não mudou; simplesmente, saiu do armário e assumiu definitivamente o modelo constantiniano adotado há 1700 anos.


Dinheiro, poder e influência. Esses foram os presentes greco-romano que hoje têm a cara do que chamamos de fé. Numa monarquia, era compreensível que a plebe cristã se conformasse com “as bênçãos” centralizadas nas mãos de poucos, mas na atual democracia é mais que necessário que a prosperidade também seja redistribuída. Ou será que, seguiremos ainda João Calvino: "Só os escolhidos serão salvos (leia-se os ricos).


Afinal quem gosta de pobre? Quem gosta de doente? Quem gosta de perseguido? “Quem se compadece do miserável fica no lugar dele.” Responderia alguém. Eu diria que isso é bem verdade. Foi a compaixão ao miserável que fez Jesus ficar no meu lugar, pagar minha conta e gemer minha dor. Foi a compaixão ao miserável que fez, esse, que nunca errou, assumir meus erros. Foi a compaixão ao miserável que trouxe a maior injustiça do mundo ao mundo - um puro morrer na cruz!


No entanto, se miserável se torna, quem do miserável se compadece; quem cometeria tamanha insanidade em seguir tais ensinamentos? “Isso é loucura pagã.” Afirmam os atuais líderes religiosos desse cristianismo de meia tigela. E continuam: “Zeus, Mitra e Gaia não nos permitem tamanha insanidade. Os nossos deuses são poderosos. Nas terças e quintas da libertação rogo a Pluto que me traga prosperidade, nas quartas e sextas das curas a Apolo e aos sábados e domingos talvez a Vênus ou Afrodite para que profetize um belo varão ou varoa para enamorarmos.”


Nessa grande parceria entre Zeus e as Organizações Tabajara quem sai ganhando é você. Façamos apenas um pequeno ajuste, talvez o nome "Zeus" já esteja meio em desuso. Que tal trocar o “Z” por um “J” e repetir o último ”s” no meio da palavra. Torna-se “Jésus”. Perfeito... Já está pronto para a fabricação. Chamem o escultor e mandem produzir milhares de peças do nosso novo deus. O Rei do Panteão!!!



E assim “esta tudo como dantes no quartel d’Abrantes...” O sistema vai gerando necessidades e o mesmo sistema criando as soluções. Quanto maior a premência maior é o próspero empenho desse cristianismo progressista. “Meu deus é poderoso, resolve tudo pra mim. Só os fracos não constroem templos e sinagogas espetaculares, só os fracos pregam ao ar livre, só os fracos não têm onde recostar a cabeça, só os fracos são mortos e crucificados....


Viva a prosperidade, Viva Constantino, Viva Zeus e viva esse tal Jésus também....”


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